
Dia 05 de abril, às 7 horas da manhã tocou o sinal, aquelas crianças correndo pelo pátio, me lembraram meus tempos de infância, a agitação, os coleguinhas, material escolar novo, e etc. A convite da Prefeitura Municipal de Vitória, acompanhei o dia de um menino que estuda em uma escola pública, confesso que no começo fiquei com um pouco de medo com o que eu poderia encontrar, mas aceitei o convite e vou lhes relatar o que vi.
Visitei a escola Ceciliano Abel de Almeida em Itararé. Fiquei impressionada com as instalações, engraçado que logo recordei daquela turminha que fala das escolas aqui do Estado.
Equipada com amplas salas de aula, cadeiras e mesas individuais para cada aluno, a escola também conta com estruturas de apoio como: biblioteca, refeitório, cantina, duas quadras poliesportivas (sendo uma delas coberta), laboratório de informática e ciências, sala de educação artística com todo material de suporte para as crianças, enfim, uma realidade que não esperava encontrar.
O dia começou assim: cheguei à escola pouco antes do sinal tocar, as crianças estavam eufóricas correndo pelo pátio e brincando com os coleguinhas que não viram durante o feriado. Ao soar o toque, imediatamente elas formaram filas, cada sala possuía a sua, desde a 1º série até à 8º série. A coordenadora recepcionou os alunos com boas vindas e um caloroso “bom dia”, prontamente respondido aos gritos entusiasmados! Após essa empolgação do começo, todos fizeram um momento de reflexão durante a oração que celebrara o começo do dia letivo. Após a oração, cada um seguiu para sua respectiva sala, e eu, segui com um dos meninos, o Arthur da 3º série “B”.
Fomos para a sala de aula, acompanhados pela professora. A primeira aula da segunda-feira é a aula de artes, chegando à sala deu até vontade de participar das atividades com os alunos, pois a sala de artes parecia coisa de TV mesmo, ampla mesas, inúmeras cores, muitos lápis, giz de cera, cola e todo aquele material que a gente sonha em ter quando criança! Acompanhei a primeira atividade do dia assim, com aquela vontade de participar. Mas teve uma coisa que também me chamou muita atenção e me fez realmente reviver por alguns segundos minha infância: meninos de um lado e as meninas do outro! Achei divertidíssimo relembrar aquela época em que meninos e meninas se enxergam como rivais, e que as meninas se referem aos meninos como “eca”!
Fim da primeira aula. Seguimos para a segunda aula do dia: aula de português da professora Cristiane, e não me apeguei a pequenos detalhes, assisti à aula como um dos alunos, e mais uma vez pude reviver o passado entre os encontros vocálicos, consonantais e os dígrafos! Talvez por ironia do destino, “estudamos” um texto com o título: O Amanhã, que fala do desejo de cada um ao olhar para lua. Mais uma aula se vai e hora do recreio, novamente as crianças formam fila e dirigem-se ao refeitório, prato do dia: macarrão com carne moída. Durante a refeição, as professoras ficam atentas às crianças e elas só são liberadas quando terminam seu lanche.
Arthur foi um dos primeiros a terminar, e logo saiu em disparada para o pátio. Com seus coleguinhas pegaram uma bola com a coordenadora e começaram a brincadeira. Durante o intervalo as crianças que vieram até mim, perguntando se eu também seria professora delas. Percebi então como aqueles pequeninos são bem cuidados, e sentem carinho por seus educadores, me abraçavam, me beijaram e fizeram-me muitas perguntas, nesse momento as crianças me confessaram que gostam muito dos seus professores, da escola e de todo o pessoal do colégio, ora, não era difícil perceber o motivo de toda essa admiração dos alunos, na hora do recreio todos eles puderam contar com atividades como: jogos educativos, bolas para os meninos, dominós e etc.
Fim do recreio, e mais uma vez todos formaram suas filas e dirigiram-se à sala de aula para as últimas aulas. Retornamos com as aulas de português, a professora passou retomou as atividades e revisão para a prova, todos fizeram a lição, retiraram suas dúvidas e aguardaram eufóricos pelo horário da saída.
Hora de ir embora, mais uma vez fila para sair da sala, fomos para o pátio, onde os pais e responsáveis pelas crianças já estavam esperando por elas. No portão além dos pais também estavam dois policiais e a segurança particular da escola, a fim de promover a ordem e garantir a segurança dos pequenos no retorno para suas casas, e eu, fui com Arthur e sua mãe até sua casa.